Acessar  \/ 
x
x
x
Cadastrar
x

Notícias e Blog

Porque é frequente a troca na fala do fonema S pelo fonema X?

A troca do fonema /s/ pelo fonema /ʃ/ é um fenômeno comum em distúrbios de fala, especialmente em crianças em idade escolar. Esse tipo de erro é conhecido como "sibilância", e ocorre porque os sons /s/ e /ʃ/ compartilham algumas semelhanças acústicas e articulatórias. Sibilância é um termo usado em fonética para se referir aos sons de fala que têm uma qualidade sibilante, ou seja, produzem um som agudo ou assobiante. Os sons sibilantes são aqueles produzidos quando o fluxo de ar é dirigido sobre a borda afiada dos dentes, criando uma fricção que resulta em um som sibilante.

Os sons /s/ (como em "sapo") e /z/ (como em "zebra") são exemplos de sons sibilantes em português. Outros exemplos incluem os sons /ʃ/ (como em "xícara"), /ʒ/ (como em "jornal"), /tʃ/ (como em "chave") e /dʒ/ (como em "jardim"), que também são sibilantes.

Esses sons são chamados de sibilantes devido à sua qualidade aguda e assobiante, que é produzida pela fricção do ar sobre a borda dos dentes ou do palato. A sibilância é uma característica importante na fonologia das línguas, pois a maneira como os sons sibilantes são produzidos e percebidos desempenha um papel fundamental na distinção entre diferentes palavras em muitos idiomas.

Semelhanças Articulatórias: /s/: Para produzir o som /s/, o ar é direcionado sobre a língua para criar um estreitamento entre a língua e o palato, causando um som sibilante.
/ʃ/: Para produzir o som /ʃ/, o ar é direcionado sobre a língua e ao longo do palato, criando um estreitamento semelhante ao /s/, mas com a língua posicionada mais para trás na boca.

 

Dificuldades no Controle Motor: Crianças que enfrentam essa troca frequentemente podem ter dificuldades no controle motor fino necessário para posicionar corretamente a língua durante a produção dos sons. Eles podem não conseguir diferenciar claramente a posição da língua para produzir o /s/ em vez do /ʃ/.

 

Padrões de Desenvolvimento: É importante notar que a aquisição dos sons da fala é um processo complexo e gradual. Algumas crianças podem levar mais tempo para desenvolver a habilidade de produzir certos sons corretamente. A troca entre /s/ e /ʃ/ pode ser parte de um padrão de desenvolvimento, mas se persistir além da idade apropriada, pode indicar um distúrbio de fala.

 

Influência do Ambiente Linguístico: O ambiente linguístico da criança também pode influenciar essas trocas. Em algumas línguas ou dialetos, a distinção entre /s/ e /ʃ/ pode não ser tão enfatizada, levando a confusões na produção dos sons.

 

Intervenção Fonoaudiológica: Os fonoaudiólogos desempenham um papel crucial na avaliação e intervenção para corrigir essas trocas. As atividades terapêuticas frequentemente envolvem exercícios para melhorar o controle motor da língua, conscientização dos padrões de produção e prática sistemática dos sons corretos.

 

A troca frequente na fala do fonema /s/ pelo fonema /ʃ/ pode ocorrer devido a semelhanças articulatórias, dificuldades no controle motor, padrões de desenvolvimento e influência do ambiente linguístico. A intervenção fonoaudiológica é essencial para ajudar a criança a superar essas dificuldades e desenvolver padrões de fala precisos e claros.

 

As trocas fonêmicas que as crianças fazem na fala durante o processo de desenvolvimento da linguagem também podem ser refletidas na escrita, especialmente em fases iniciais da alfabetização. Existem várias razões pelas quais isso pode acontecer:

  1. Fonologia Influenciando a Escrita: Na fase inicial da alfabetização, as crianças muitas vezes usam sua compreensão da fonologia (sons da fala) para tentar representar palavras por escrito. Se uma criança está acostumada a fazer a troca do fonema /s/ pelo fonema /ʃ/ na fala, ela pode aplicar a mesma lógica na escrita, substituindo o "s" pelo "x". Isso acontece porque a criança está representando o som que ouve, mesmo que seja um som substituído na fala.
  2. Estratégias de Ortografia Fônica: As crianças que estão aprendendo a escrever muitas vezes utilizam estratégias de ortografia fônica, tentando representar os sons das palavras com as letras do alfabeto. Se a troca fonêmica de /s/ por /ʃ/ é uma ocorrência comum na fala, a criança pode aplicar essa mesma lógica à escrita.
  3. Desenvolvimento Fonológico e Consciência Fonêmica: No início da alfabetização, as crianças estão desenvolvendo sua consciência fonêmica, ou seja, a capacidade de identificar e manipular os sons da fala em palavras. Durante esse processo, podem ocorrer trocas fonêmicas na fala, que também se refletem na escrita, à medida que as crianças tentam representar os sons que ouvem.
  4. Influência do Ambiente Linguístico: O ambiente linguístico da criança, incluindo dialetos regionais ou familiares, pode influenciar as trocas fonêmicas tanto na fala quanto na escrita. Se a criança está imersa em um ambiente onde essa troca é comum, é mais provável que a reproduza tanto oralmente quanto por escrito.

É importante notar que essas trocas são parte do processo natural de aprendizagem da linguagem escrita e geralmente diminuem à medida que a criança é exposta a modelos de linguagem corretos e recebe instrução adequada em sala de aula. Professores e pais desempenham um papel fundamental ao fornecerem correções e orientações para ajudar as crianças a internalizarem as convenções ortográficas corretas e desenvolverem habilidades de escrita mais precisas ao longo do tempo

 

Durante a fase de desenvolvimento da linguagem em crianças, é comum observar algumas trocas fonêmicas, que são substituições sistemáticas de um fonema por outro na fala da criança. Essas trocas são parte do processo natural de aquisição da linguagem e geralmente diminuem à medida que a criança se desenvolve linguisticamente. Algumas das trocas fonêmicas mais frequentes incluem:

  • Substituição de /r/ por /l/: Por exemplo, a criança pode dizer "lato" em vez de "rato".
  • Substituição de /l/ por /r/: O oposto da troca anterior, a criança pode dizer "rato" em vez de "lato".
  • Substituição de /s/ por /z/: A criança pode dizer "zapo" em vez de "sapo".
  • Substituição de /z/ por /s/: O oposto da troca anterior, a criança pode dizer "sapo" em vez de "zapo".
  • Substituição de /f/ por /p/: Por exemplo, a criança pode dizer "pato" em vez de "fato".
  • Substituição de /p/ por /f/: O oposto da troca anterior, a criança pode dizer "fato" em vez de "pato".
  • Substituição de /t/ por /d/: A criança pode dizer "dado" em vez de "tato".
  • Substituição de /d/ por /t/: O oposto da troca anterior, a criança pode dizer "tato" em vez de "dado".
  • Omissão de consoantes no final das palavras: A criança pode omitir consoantes no final das palavras, como dizer "gat" em vez de "gato".
  • Substituição de consoantes líquidas (como /r/ e /l/) por /w/: Por exemplo, a criança pode dizer "wato" em vez de "rato".
  • Substituição de consoantes fricativas (como /s/ e /z/) por /h/: A criança pode dizer "hato" em vez de "sapo".

 

Certamente, existem vários recursos e jogos que os fonoaudiólogos podem utilizar para ajudar as crianças a trabalhar as trocas fonêmicas, como a troca entre os sons /t/ e /d/, /F/ e /V/ ou ainda /X/ e /J/. Esses jogos são projetados para tornar o processo terapêutico mais envolvente e divertido para as crianças, facilitando a prática dos sons de forma lúdica e interativa. Aqui estão algumas sugestões:

- Jogos de discriminação auditiva,

- Jogos de cartas com figuras, você poderá gostar jogo Loja dos Doces.

- Recursos com demonstração do ponto articulatório dos fonemas, como o jogo TREINO ARTICULATÓRIO




Image

whatsapp haiflex