A escola do seu filho é realmente inclusiva?
Dez principais maneiras de saber se a escola do seu filho é inclusiva e alguns equívocos que podem ser corrigidos!
Quais são as etapas do jogo?
Inclusão, como concordam os especialistas em educação especial, é a forma ideal de educar alunos com necessidades especiais. Os alunos com necessidades especiais são colocados em salas de aula de educação geral ao lado de seus colegas da mesma idade, independentemente dos níveis de capacidade física ou acadêmica. Frequentemente, porém, educação inclusiva é um termo mal utilizado e mal compreendido por pais, professores e funcionários. Aqui está uma lista das dez principais maneiras de saber se a escola de seu filho é realmente inclusiva:
- Comunidade escolar- a comunidade escolar (funcionários, PTA, pais) é amigável, incentiva a comunicação entre pais e escolas, dá as boas-vindas a voluntários e torna possível a aprendizagem e direcionamento dos alunos por meio de quadros de avisos, boletins informativos e eventos em toda a escola.
- Material escolar- o material em sala de aula é elaborado para facilitar o aprendizado das crianças com necessidades especiais, utilizando cartões, fichas, material concreto, braile...
- Espaços Escolares- o prédio possui rampas e passarelas movimentadas com acesso à refeitório, biblioteca, playground, banheiros e ginásio (ou sala polivalente) que podem ser facilmente acessadas e utilizadas por uma criança com necessidades especiais.
- Rotinas escolares- hora do almoço, recreio, assembleias e atividades escolares abrangem todos os alunos, sem segmentar!
- Equipe de Apoio Escolar- existem profissionais como Fonoaudiólogos como parte da equipe que levam seus serviços para a criança com necessidades especiais. O objetivo dos profissionais de apoio é apoiar a aprendizagem da criança, bem como ajudá-la a permanecer na sala de aula.
- Treinamento- Existem treinamentos que levam a equipe de professores e funcionários a conhecer a fundo quais as formas para melhor lidarem com as diferentes necessidades especiais e suas características, para que o trabalho seja melhor desenvolvido durante as rotinas e atividades escolares.
- Colocação em Sala de Aula- um aluno com necessidades especiais é colocado em uma sala de aula de educação regular com colegas da mesma idade, apesar de seu nível acadêmico e de habilidade.
- Arranjo da sala de aula- a criança com necessidades especiais tem uma mesa ou área de trabalho integrada ao plano de assentos da classe. Há espaço suficiente para a criança com necessidades especiais se mover, uma variedade de materiais de aprendizagem está disponível e os materiais de aula podem ser facilmente acessados.
- Professores- Os professores planejam aulas e atividades em todas as disciplinas (não apenas Música ou Arte) para incluir a criança com necessidades especiais. As aulas são modificadas e adaptadas para que o aluno com necessidades especiais participe ativamente do processo de aprendizagem.
- Alunos- TODOS os alunos têm oportunidades de interagir uns com os outros tanto na sala de aula quanto no parquinho, se ajudam, trabalham juntos e contribuem para o bem-estar uns dos outros e da comunidade escolar.
Agora alguns equívocos bem comuns entre as escolas:
Apesar de anos de pesquisa que concluem que a inclusão é melhor para alunos com E sem deficiência, AINDA existem conceitos errôneos sobre salas de aula inclusivas.
- O 1º grande equívoco sobre a inclusão é a preocupação de que o aluno com deficiência não será capaz de “acompanhar” o currículo da classe. Felizmente, as salas de aula inclusivas reconhecem que nem todas as crianças aprenderão no mesmo ritmo e ao mesmo tempo. Assim, em uma sala de aula inclusiva, os alunos não devem “acompanhar”, mas “continuar aprendendo”.
- O 2º equívoco é que incluir uma criança com deficiência em uma classe de educação geral distrairá as outras crianças. QUALQUER criança na sala de aula tem o potencial de distrair os outros, dependendo de suas necessidades e desejos, vida familiar ou desenvolvimento social / emocional.
- Por fim, existe o 3º equívoco, que é pensar que a inclusão é um programa. A educação inclusiva não é um programa, e sim uma filosofia que direciona todo o funcionamento do sistema escolar como decisões administrativas, treinamentos, recursos, entre outros. Ela se baseia na crença de que todos os alunos têm igual direito por justiça social.
Barreiras em nossas comunidades e salas de aula são removidas para que cada criança possa participar e aprender o máximo possível.
Artigo escrito por
Fga. Ana Carolina Povoa